Nossas distâncias...
Ele tinha as dores dele. E eu me perguntava: onde eu ponho as minhas?
Em certas vias, parecia que ele lotava tudo e eu ficava sem espaço de vomitar meus erros, minhas fases, meus intuitos.
Aí, eu deixava...
Deixava a via. Ia à cavalo, por dentro de uma estrada de areia e barro.
Só...
Era o que eu conseguia.
Se eu lembrava dele? Das dores dele?
Sim.
Eximiamente.
Queria levar uns esparadrapos...mas, eu só tinha trapos, pra fazer um arranjo.
Engraçado que, às vezes, ele aceitava.
Seria tanta a necessidade?
Acho que não...ele procuraria outra ajuda.
Acho que era algo comigo mesmo.
Um pouco de amor brotando.
Ah, e eu tinha muitas vias. Talvez, mais que ele.
E é muito firme o trapo que ele me deu pra salvar a ferida da última vez.
Caminhamos.
Em dores e em cores. Em trapos e em laços.
Isso nos faz algo parecido como fortes,
Porque a gente, mesmo assim, corre sempre pra estar junto.
Nossas vidas.
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