
Vi toda a minha casa no chão. Minhas pétalas-de-rosa queimadas, fogo alto, presente do meu fogão. Acordei, pijama na cama, toalha no corpo, banho, casa no chão.
Cada passo, um livro meu, uma poesia minha, um pedaço de mim, voando pra sei lá onde.
Minhas mágoas gritando dentro de mim e fora, ali, sentadas no sofá. Meus amores antigos e meu amor guardado. Minhas raivas curadas e minhas raivas de agora. Tudo, já posto à mesa. Leite de mim, posto à mesa. Deu medo de provar, medo daquelas coisas daquele jeito, tão explícitas. Tão na minha frente. Eu costumava colocar tudo na gaveta, escondido. Mas, vi minha casa no chão.
Meu Caetano, meu Skank, meu Nando Reis. Tudo no chão.
Sim, bateu um desespero.
Pedaços de mim à solta. Lembrei do meu amor tão sem sentido. Lembrei dos gastos, dos passos indefinidos, do "não vale mais a pena". Doeu aí.
Tudo em mim gritava "não vá", mas, a minha voz era inaudível.
Se eu me preocupei em dizer? Nem um centímetro. Nessa minha aparente humilhação, eu fui eu mesma e disse o que queria. Não dava pra me arrepender. Não tem caráter de arrependimento. Tem caráter de liberdade.
É como havia ouvido já, em algum canto: fazer o contrário, não falar, é como se eu tivesse fazendo de tudo para que a pessoa achasse que eu não era eu, e eu era! E eu sou.
E nem dava tempo pra pensar mais nisso...minha casa? No chão. Ainda.
Reagi? Da pior forma. Fiquei lá, tragando o desarrumado, como se o fato de eu estar ali anulasse a "casa do chão"...como se eu pudesse mudar algo.
"Depois de uma vez no chão, só outra!", pensei. E, mesmo assim, corria por entre tudo ali, tentando guardar na bolsa meus algos mais respiráveis, mais importantes, mais essenciais.
Peguei meu amor por ti. De toalha ainda, vi, de longe, tudo explodir. Deu tempo de correr, de não ser levada pra longe pelo fogo. Sairia eu viva?
Vi que havia trazido o amor. Mas, pra quê?
Sem ele, haveria um vazio...com ele, o desconhecido, a luta diária.
Não sei o que preferi. Nessa hora, acordei. De toalha, na poltrona da sala. Televisão ligada. Chocolate quente, já frio. Atraso. E só. Minha casa explodiria no dia seguinte.
Cada passo, um livro meu, uma poesia minha, um pedaço de mim, voando pra sei lá onde.
Minhas mágoas gritando dentro de mim e fora, ali, sentadas no sofá. Meus amores antigos e meu amor guardado. Minhas raivas curadas e minhas raivas de agora. Tudo, já posto à mesa. Leite de mim, posto à mesa. Deu medo de provar, medo daquelas coisas daquele jeito, tão explícitas. Tão na minha frente. Eu costumava colocar tudo na gaveta, escondido. Mas, vi minha casa no chão.
Meu Caetano, meu Skank, meu Nando Reis. Tudo no chão.
Sim, bateu um desespero.
Pedaços de mim à solta. Lembrei do meu amor tão sem sentido. Lembrei dos gastos, dos passos indefinidos, do "não vale mais a pena". Doeu aí.
Tudo em mim gritava "não vá", mas, a minha voz era inaudível.
Se eu me preocupei em dizer? Nem um centímetro. Nessa minha aparente humilhação, eu fui eu mesma e disse o que queria. Não dava pra me arrepender. Não tem caráter de arrependimento. Tem caráter de liberdade.
É como havia ouvido já, em algum canto: fazer o contrário, não falar, é como se eu tivesse fazendo de tudo para que a pessoa achasse que eu não era eu, e eu era! E eu sou.
E nem dava tempo pra pensar mais nisso...minha casa? No chão. Ainda.
Reagi? Da pior forma. Fiquei lá, tragando o desarrumado, como se o fato de eu estar ali anulasse a "casa do chão"...como se eu pudesse mudar algo.
"Depois de uma vez no chão, só outra!", pensei. E, mesmo assim, corria por entre tudo ali, tentando guardar na bolsa meus algos mais respiráveis, mais importantes, mais essenciais.
Peguei meu amor por ti. De toalha ainda, vi, de longe, tudo explodir. Deu tempo de correr, de não ser levada pra longe pelo fogo. Sairia eu viva?
Vi que havia trazido o amor. Mas, pra quê?
Sem ele, haveria um vazio...com ele, o desconhecido, a luta diária.
Não sei o que preferi. Nessa hora, acordei. De toalha, na poltrona da sala. Televisão ligada. Chocolate quente, já frio. Atraso. E só. Minha casa explodiria no dia seguinte.
15/07/09
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