Eu acho que não posso mais.
Antes, eu achava que não devia. Agora, que não posso.
Não posso mais encolher minha vida, tratá-la como um gerente de banco desses quaisquer, que, por me trazer burocracia, eu os dou desprezo. O gerente não, o sistema.
Não posso mais deixar que minha vida não passe de um dia de trabalho estressante, contas a pagar e negócios.
Eu nunca achei que devesse isso. E, agora, mais que nunca, prefiro dizer que existem coisas muito boas na vida. Existem sentimentos muito bons, maçãs e sorvetes muito melhores dos que andamos provando.
Às vezes, nossas escolhas nos alocam em uma coisa meio arrogante, agressiva, lógica demais. É quase como uma expressão numérica. Desculpem, mas expressões numéricas, sozinhas, ali, no quadro...pense nelas...elas são bem desinteressantes. Só passam a ser alguma coisa motivante, ao serem utilizadas, ao se tornarem úteis, nem que seja pra animar um desses loucos por cálculo.
De vez em quando, preferimos a superfície, o quadro, os números ali, impávidos e monótonos. A burocracia dos números. Um atrás do outro...ou, primeiro x, depois o y...números parados, imobilizados pelas regras de quem os escreveu.
E tem quem não os tire de lugar jamais. Quem os respeite daquela forma, pra sempre. Quem os retire a beleza de ser outros e os deixe ali, estáticos, conchas na areia, não nas blusas do ateliê ou nas brincadeiras das crianças.
Tantas são as vezes que não copiamos aqueles números em um papel outro pra, dessa forma, damos a eles outras vidas. Vidas de se transformarem em cálculos para a minha compra de amanhã, em planos para o futuro, em planejamento, organização financeira, que me fará dar um presente melhor aos meus pais.
Os números em movimento de nos ajudar no processamento da vida. Os números, essas coisas tão lógicas, num fazer poético.
Isso não é novo. Mas, tem quem não saiba transformar o que ora digo em ação.
É difícil sair da hierarquia, da obrigatoriedade, do quadro.
Mas, é bom não esquecer que a vida é mais doce que isso.
Se tornou até brega ver o romantismo das coisas, dar valor ao que nos é simples e grande.
Por mim, não tem problemas. Sou brega.
E acho que não posso mais deixar de valorizar a minha paz em prol das papeladas da empresa.
E, segredo: dá pra fazer tudo ao mesmo tempo. Viver no sistema, sem estar no sistema. Basta achar que não pode mais. Do mais, acho que prefiro as coisas belas às coisas lógicas. Mesmo que uma coisa, necessariamente, não anule a outra.
É que eu realmente não posso mais.
08/01/10
Antes, eu achava que não devia. Agora, que não posso.
Não posso mais encolher minha vida, tratá-la como um gerente de banco desses quaisquer, que, por me trazer burocracia, eu os dou desprezo. O gerente não, o sistema.
Não posso mais deixar que minha vida não passe de um dia de trabalho estressante, contas a pagar e negócios.
Eu nunca achei que devesse isso. E, agora, mais que nunca, prefiro dizer que existem coisas muito boas na vida. Existem sentimentos muito bons, maçãs e sorvetes muito melhores dos que andamos provando.
Às vezes, nossas escolhas nos alocam em uma coisa meio arrogante, agressiva, lógica demais. É quase como uma expressão numérica. Desculpem, mas expressões numéricas, sozinhas, ali, no quadro...pense nelas...elas são bem desinteressantes. Só passam a ser alguma coisa motivante, ao serem utilizadas, ao se tornarem úteis, nem que seja pra animar um desses loucos por cálculo.
De vez em quando, preferimos a superfície, o quadro, os números ali, impávidos e monótonos. A burocracia dos números. Um atrás do outro...ou, primeiro x, depois o y...números parados, imobilizados pelas regras de quem os escreveu.
E tem quem não os tire de lugar jamais. Quem os respeite daquela forma, pra sempre. Quem os retire a beleza de ser outros e os deixe ali, estáticos, conchas na areia, não nas blusas do ateliê ou nas brincadeiras das crianças.
Tantas são as vezes que não copiamos aqueles números em um papel outro pra, dessa forma, damos a eles outras vidas. Vidas de se transformarem em cálculos para a minha compra de amanhã, em planos para o futuro, em planejamento, organização financeira, que me fará dar um presente melhor aos meus pais.
Os números em movimento de nos ajudar no processamento da vida. Os números, essas coisas tão lógicas, num fazer poético.
Isso não é novo. Mas, tem quem não saiba transformar o que ora digo em ação.
É difícil sair da hierarquia, da obrigatoriedade, do quadro.
Mas, é bom não esquecer que a vida é mais doce que isso.
Se tornou até brega ver o romantismo das coisas, dar valor ao que nos é simples e grande.
Por mim, não tem problemas. Sou brega.
E acho que não posso mais deixar de valorizar a minha paz em prol das papeladas da empresa.
E, segredo: dá pra fazer tudo ao mesmo tempo. Viver no sistema, sem estar no sistema. Basta achar que não pode mais. Do mais, acho que prefiro as coisas belas às coisas lógicas. Mesmo que uma coisa, necessariamente, não anule a outra.
É que eu realmente não posso mais.
08/01/10
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