
Li essa frase aí do título por aí e achei pertinente. Pertinente à vida. A ofensa de outrem ensina que as palavras, os gestos, as ações machucam. O novo ensina que o velho se põe, como o sol de qualquer dia, num momento qualquer. O sair ensina que há lá fora. A ida ensina que nem tudo é pra sempre. A volta, que há coisas que perduram. É a mística do reciclável.
Na vida, tudo se recicla e assim, nos reciclamos.
As nossas emoções vão se reciclando. Os amores fluidos, esparramam-se como água no caminho da vida. Nem todos são fluidos. As amizades superficiais correm loucas em busca de solidão. Nem todas são superficiais. Os laços de lã vão-se com uma tesoura. Há laços de ferro. Espessura grande.
A vida grita aos nossos ouvidos que conto-de-fada é conto e vida é ponto.
Estamos todo segundo a dar pontos. Como os pontos de um bordado. Agimos, escolhemos, damos ponto. Não que esses pontos signifiquem um ponto final. Mas, que são decisivos. Depois de feitos, podem até ser desfeitos, mas jamais poderá ser negada a verdade de que um dia, em algum segundo, existiram.
E no balanço dos dias que passam, descobrimos. Conosco e com os outros. Descobrimos que há quem não nos entenda, há quem não sinta como nós, há quem não goste de rock, quem não suporte chocolate, quem prefira calar a falar. Há quem não perdoe, quem desande com o fio da coerência e se contradiga; quem prefira os cabelos compridos, quem odeie TV, quem rasgue poesias, quem não volte atrás, quem persista no erro. Há quem invista no novo, quem invista no velho e quem fique a pairar no horizonte da indecisão, da não-escolha, no não-ponto.
E é a vida que ensina.
Vez por outra, ela vem com esses assuntos. Cada um, uma aula. Por vezes, como aquela de quem quis muito ir ao banheiro e a professora não permitiu. Penosa. E quando não deu pra segurar? Vexatória.
Vez por outra, ela vem com esses assuntos. Cada um, uma aula. Por vezes, como aquela de quem quis muito ir ao banheiro e a professora não permitiu. Penosa. E quando não deu pra segurar? Vexatória.
A vida nos coloca de cara com nossos limites e os limites do outro. E nisso, há muito a dizer, que jamais será dito...muito a calar, que sempre se fará um grito.
Ela te ensina que há quem não se arrisque como você.
E aí?
Fazer o quê?
Aprender. Aprender que nem todo mundo quer dar a cara a tapa e que suas a motivações não são iguais as de ninguém. Aprofundadamente, de ninguém mesmo.
E mais: que as pessoas são livres para fazer suas escolhas; e que, mesmo que o seu seguir dependa de alguém, que tenhamos a certeza de que depende, aparentemente. Porque, no fundo, no fundo, podemos construir recursos para lidar com o desprezo, com o não, com a solidão, com a distância...
Ela te ensina que há quem não se arrisque como você.
E aí?
Fazer o quê?
Aprender. Aprender que nem todo mundo quer dar a cara a tapa e que suas a motivações não são iguais as de ninguém. Aprofundadamente, de ninguém mesmo.
E mais: que as pessoas são livres para fazer suas escolhas; e que, mesmo que o seu seguir dependa de alguém, que tenhamos a certeza de que depende, aparentemente. Porque, no fundo, no fundo, podemos construir recursos para lidar com o desprezo, com o não, com a solidão, com a distância...
É só deixar as malas do medo e ir, mesmo em dor.
Um dia, os carros passando e você, a andar, lembrarão o quanto você é triste. Num outro (ou no mesmo), a flor no meio do caminho, fará você recordar da sua poesia, da sua ternura, do seu ser feliz. E você entenderá que a gente ganha aqui e perde acolá. E que uma dessas duas coisas trará riso a você, a outra choro, ou vice-versa, ou coisa assim.
Um dia, os carros passando e você, a andar, lembrarão o quanto você é triste. Num outro (ou no mesmo), a flor no meio do caminho, fará você recordar da sua poesia, da sua ternura, do seu ser feliz. E você entenderá que a gente ganha aqui e perde acolá. E que uma dessas duas coisas trará riso a você, a outra choro, ou vice-versa, ou coisa assim.
Não há como aprisionar a alma. Há como ser amado de verdade.
E o que não é verdadeiro, não convém. Nem vale a pena. Por mais que você insista...
A vida mostra que não.
E a gente aprende a ser feliz, sem ter o que quer ou deseja também. Porque, de repente, esse desejo só emperra, só isola, só destrói a sua paz...
Eu não disse que era uma pertinente frase?"Quem disse que a vida não ensina a gente a ser feliz?"
E o que não é verdadeiro, não convém. Nem vale a pena. Por mais que você insista...
A vida mostra que não.
E a gente aprende a ser feliz, sem ter o que quer ou deseja também. Porque, de repente, esse desejo só emperra, só isola, só destrói a sua paz...
Eu não disse que era uma pertinente frase?"Quem disse que a vida não ensina a gente a ser feliz?"
02/07/09
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